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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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"Entramos em guerra de preços", diz desenvolvedor sobre fim do Dreamcast

Desde 1993 na Sega, Tadashi Takezaki é hoje presidente do departamento de implementação da desenvolvedora do Sonic, mas em janeiro de 2001 foi o responsável por assinar aquela fatídica carta sobre a descontinuação do Dreamcast e o fim da divisão de consoles. Mas por que o videogame não deu certo? Em entrevista à revista japonesa Famitsu, o executivo culpou a guerra de preços com o PlayStation 2 da Sony.

“Foi pura questão de custo. Fomos forçados a entrar nessa guerra de desconto quando já estávamos perdendo dinheiro com a venda do sistema. A Sony foi parte do time que desenvolveu o padrão DVD e eles poderiam desenvolver o PlayStation 2 [lançado em março de 2000] completamente internamente, com seus próprios chips”, explicou. “A Sega, enquanto isso, estava comprando tudo de outras empresas, e isso era uma desvatagem tremenda. Não conseguíamos cortar facilmente os custos e o console não estava vendendo o número que costumava vender. Então descontinuamos o produto.”

Ainda segundo o executivo, todas as tentativas de manter o console nas prateleiras foram em vão. “Era uma dessas coisas de quanto mais você vende, mais você perde. Então tivemos que cobrir isso com a venda de jogos. Mas essas vendas não estavam aumentando, e naquela época estávamos ocupados tentando trazer a ideia de jogo online”, disse.

“Nosso conceito com o Dreamcast era trazer algo novo para os jogos, construir um ambiente onde eles poderiam se conectar com as pessoas pelo mundo. O negócio da Sega era construir uma base de usuários com dispositivos de rede baratos e, então, oferecer serviços e produtos através da internet. O Dreamcast era nosso ingresso de entrada na realização deste sonho.”

Segundo a entrevista, muitos da indústria defenderam que a estratégia da Sega foi muito precipitada à época. Takezaki não concorda com isso. “Foi a escolha certa em mirar na estratégia de rede online, mas forçamos isso sob nossos custos, que era muito alto para trabalhar. A ideia de acessas a rede de graça era simplesmente fantástica na época, mas erámos nós que pagávamos a conta. É estranho dizer, mas a Sega era a empresa que estava pagando dinheiro para seus usuários.”
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