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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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REGIÃO NORTE

Projeto de identificação já catalogou mais de 15 onças-pintadas no Pantanal somente em uma fazenda

Foto: Foto cedida por Xavier Muñoz/Jaguar Identification Project.

Nina, onça-pintada fêmea

Nina, onça-pintada fêmea

Desde 2017, o o Jaguar Identification Project monitora as onças-pintadas vistas na Pousada Piuval, localizada a 10 quilômetros de Poconé, por meio de armadilhas remotas de câmeras, ciência cidadã e observações no campo. Um guia com 20 onças, sendo 16 catalogadas, foi criado para facilitar a identificação dos indivíduos, bem como para aprender sobre seus relacionamentos e comportamentos. Do total identificado entre 2020 e 2022, sete machos catalogados são Açaí, Bu’u, Kadu, Leoncio, Losano, Maui, Queixada (morto em 2022). Já as fêmeas são Baía, Cayana, Filó, Jani, Juminha, Nana, Nina, Piúva, Sol. 

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Hoje, esse felino está listado como quase ameaçado pela União Internacional para a Conservação da Natureza e grandes números são encontrados em regiões remotas da América do Sul e Central. O Pantanal abriga a população mais densa de onças, estimando-se entre 4.000 e 7.000.

A Pousada Piuval está localizada a 10km ao longo da Rodovia Transpantaneira, tem cerca de 7.000 hectares e é baseada em uma fazenda de gado operada pela família nos últimos 131 anos. Em 1989 eles abriram a pousada, oferecendo ao turista uma experiência para desfrutar da vista da fauna silvestre na região do Pantanal Norte de Mato Grosso.

A região é composta por um mosaico de paisagens, apresentando áreas de cerrado, savana, florestas alagadas e pastagens típicas do Pantanal. Também abriga o rio Bento Gómez, considerado um ponto biológico devido à sua grande riqueza de recursos naturais e vasta diversidade de flora e fauna.

Desde julho de 2022, o veterinário e conservacionista Paul Raad fez parceria com pousadas de ecoturismo locais e fazendas de gado da região do Pantanal Norte visando criar um corredor ecológico com mais de 30.000 hectares.

   

Nesta área, ele já monitora pelo menos 12 onças conhecidas pela comunidade local. Entender como funciona a rotina diária desses felinos corrobora com a promoção do turismo de observação da vida selvagem, que vem desempenhando papel fundamental,vseja na economia, como nas percepções sobre o “gato gigante” do Pantanal. Para Raad, não fosse o turismo, a onça-pintada provavelmente já estaria extinta.

Onças-Pintadas

A onça-pintada ( Panthera onca ) é o maior felino nativo das Américas e o terceiro maior felino do mundo, depois de seus primos leão e tigre. Sendo o único representante vivo do gênero Panthera encontrado no Novo Mundo, eles já vagaram do extremo sul da Argentina até a fronteira EUA-México. 

Hoje eles estão listados como quase ameaçados pela IUCN e grandes números são encontrados apenas em regiões remotas da América do Sul e Central. O Pantanal abriga a população mais densa de onças, estimando-se entre 4.000 e 7.000 onças.

O nome onça vem da palavra tupi-guarani yaguar, que significa “aquele que mata com um salto”. Essas bestas majestosas e inquestionavelmente poderosas são consideradas um símbolo da selvageria e são proeminentes na religião, mitologia e arte antigas. 

Os maias acreditavam que o jaguar era o deus do submundo e ajudava o sol a viajar sob a Terra à noite, garantindo que ele nasceria pela manhã. Os astecas adoravam as onças e as posicionavam como guardiões de seus templos sagrados.
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