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Domingo, 28 de abril de 2024

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'bem cuiabaninha'

Com ajuda da mãe, confeiteira de 25 anos tem delivery de cookies artesanais e recheados em Cuiabá

Foto: Reprodução

Com ajuda da mãe, confeiteira de 25 anos tem delivery de cookies artesanais e recheados em Cuiabá
Os primeiros indícios da paixão pela confeitaria surgiram na vida de Thalielly Ramos de Souza, de 25 anos, quando ela ainda era criança. Como precisava ajudar a mãe, Luzia Santana de Souza, de 61, que criou as filhas sozinha trabalhando como diarista, Thalielly começou a fazer receitas de sobremesas e descobriu que gostava de estar na cozinha. O sentimento só aumentou à medida em que ela foi crescendo e hoje a confeiteira comanda a "Bem Cuiabaninha", que tem delivery de cookies recheados em Cuiabá. 

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“Sempre gostei de fazer doces, fazia bolinhos de terra quando era criança, era isso que me encantava. Minha mãe sempre me apoiou, ela não tinha dinheiro para pagar minha faculdade, porque sempre foi diarista, mas eu estudei muito e consegui o Prouni. Minha irmã também é empreendedora no ramo da beleza, minha mãe sempre apoiou e acreditou na gente. Sou muito grata a minha mãe”. 

Luzia ainda trabalha todos os dias pela manhã como babá, mas quando chega em casa liga o celular para atender os pedidos de cookies que chegam pelo IFood. A ajuda é imprescindível para Thalielly, que trabalha em horário comercial como faturista em uma empresa. 

“Minha mãe não sabia nem mexer no celular, ela brincava que celular era só para ligar. Ensinamos ela mexer no Whatsapp, no computador, hoje ela mostra orgulhosa as coisas que consegue fazer. Ela que atende o IFood, toca o sininho do pedido, ela que atende, só me vê às 17h30. Durante a noite e aos finais de semana, eu comando”. 

A confeiteira começou a fazer os cookies em outubro de 2020. Antes, ela conta que produzia bolos e “copos da felicidade”, mas começou a pensar em produtos que pudessem ser congelados por conta da rotina de trabalho como faturista. 

“Estava há muito tempo buscando um produto que não seria perdido, comecei a pensar em brownie, mas queria um produto que não tivesse desperdício. O cookie que eu conhecia, antigamente, era aquele da Subway, que é mais simples, mas eu amava e era fascinada por ele. Comecei a experimentar as receitas em casa, vi que era possível congelar e comecei a estudar a possibilidade de rechear os cookies”. 

Alguns dias depois de fazer a enquete em seu perfil no Instagram e se surpreender com a aceitação dos cookies entre os seguidores, Thalielly produziu as primeiras unidades, que foram enviadas para amigos. Isolada em casa com a família, a possibilidade de uma renda extra também chegou em boa hora, mas a jovem conta que começou a fazer as receitas movida pelo sonho de ser confeiteira. 

“Esse hobby que surgiu quando eu era criança e eu quero que se torne minha profissão futuramente, foi por puro amor, não quero desistir nunca, posso lutar, mas nunca desisto. Se eu não tivesse o apoio da minha mãe, não seria possível isso”. 
 

Sabores criativos 

Thalielly conta que uma das partes preferidas na produção dos cookies é poder deixar a criatividade fluir na criação de sabores e recheios. Por conta do Dia das Bruxas, em outubro, ela criou dois especiais: “Restos de Ossos” e “Terra de Cemitério”. No Dias das Crianças, o cookie sabor “Cereal Matinal” também fez sucesso.

No cardápio, a confeiteira também tem sabores tradicionais como o clássico, feito com massa tradicional, gotas de chocolate ao leite e chocolate 40%. O Cacaumeloo, um dos mais vendidos, tem massa cacau black 100%, finalização de caramelo salgado e amêndoas. 

“O Nuteludo Crocante, que é de Nutella com cobertura de chocolate crocante de arroz, as marmitas de cookie de prestígio com chocolate também saem bastante. Sempre busco ser criativa, fazemos votação no Instagram para os clientes montarem os próprios cookies também. É bem divertido, gosto muito desse mundo criativo, de criar um produto do zero”. 

Os preços variam entre R$ 15 e R$ 17, mas um combo com os cinco sabores do cardápio sai por R$ 70. Sorrindo, Thalielly conta que está vivendo a realização de um sonho e, por isso, não se incomoda de ir para a cozinha nas folgas do trabalho. 

“A cozinha lá de casa ainda não tem ar condicionado, então pensa um forno ligado em 200ºC no calor de Cuiabá, é por amor mesmo, se você não ama, você desiste”. 

Um dos desejos da confeiteira é ter um espaço “aconchegante” para que os clientes possam comer “cookies quentinhos”. Não tem nada melhor do que comer um cookie quentinho, que acabou de sair do forno, ainda está com a casquinha crocante. Quero muito realizar isso.
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