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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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A Culpa é das Estrelas: Para ler com uma caixa de lenços do lado

Osmar Cabral Jr.

Como no final da semana passada estreou no cinema o filme baseado na obra A Culpa é das Estrelas, de John Green (Que eu já assisti e simplesmente amei, quase me afoguei em lágrimas), resolvi que a coluna de hoje seria sobre o livro, que já vendeu mais de 10 milhões de cópias ao redor do mundo e foi traduzido para 46 idiomas.

A recomendação é ler o livro com uma caixa de lenços do lado. Ou mesmo com uma toalha enorme. Você vai chorar. Ah, se vai! Do meio para frente eu estava com lágrimas rolando timidamente. Quase no final, eu já estava com elas descontroladas. No fim eu quase soluçava.

Apesar disso, A Culpa é das Estrelas não é deprimente do tipo que te deixa mal. Mesmo com a história triste, o autor deu uma leveza e ironia ao texto que te faz sorrir mesmo em partes trágicas. Os personagens são, apesar da situação, engraçados, de bem com a vida e totalmente sarcásticos. Suas reflexões do Universo e de que a vida da gente, boa ou ruim, é culpa das estrelas, é de se fazer pensar.

Em A Culpa é das Estrelas, Hazel Grace é uma garota de 16 anos em estágio terminal de câncer de tireoide. Acontece que ela está em estágio terminal desde os 13 anos, então está sempre esperando a morte. Um novo medicamento experimental lhe deu o que chamaram de “milagre” e a doença não está progredindo, mas também não está sendo curada. Apesar disso, não é revoltada. Pelo contrário, vai vivendo sua vida simples, tranquila e sem grandes emoções, mesmo um pouco deprimida. Sua mãe a obriga a ir a um grupo de apoio, o que ela detesta, até certo dia, quando conhece Augustus Waters, o Gus.



Augustus, ao contrário de todo mundo no grupo, não está com câncer. Ele teve há pouco tempo osteosarcoma (Um tipo de câncer nos ossos), mas amputou uma das suas pernas e ficou curado. Com 17 anos, olhos azuis de apaixonar, atlético e muito engraçado, ele foi até lá em apoio a um amigo. Augustus e Hazel se conhecem, começam uma relação de amizade e, é claro, se apaixonam loucamente, apesar do fim iminente.

Hazel e Gus são personagens tão bem desenvolvidos que é quase inconcebível pensar que eles não existem. O autor os construiu muito bem e faz o leitor se apaixonar por eles e torcer desesperadamente por um final feliz, por mais improvável que ele pareça com o passar das páginas.

John Green fez um livro que emociona, que faz pensar na vida e refletir sobre o seu papel aqui na Terra, seja ele grande, seja ele pequeno (O que na maioria das vezes é até melhor). A leitura é fácil e rápida.

A Culpa é das Estrelas é triste, mas não faz você perder a sua fé na humanidade. É triste, mas não a ponto de ser forçado ou brega. É triste, mas dá uma boa lição de vida. Me marcou e se tornou um dos meus preferidos.

Recomendo bastante.

*A escritora e jornalista Marcela Machado, conhecida por todos como “Teca”, é leitora ávida e apaixonada por livros. Escreve no blog “Casos, Acasos e Livros” e é autora de “I Love New York”, publicado pela editora Novo Século. Teca dá dicas de livros no Olhar Conceito todas as terças. Email de contato: tecamachado@gmail.com



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