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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Psicóloga de Cuiabá explica como controlar o ciúmes e como saber se ele passou dos limites; Confira!

Foto: Reprodução / Ilustração

Psicóloga de Cuiabá explica como controlar o ciúmes e como saber se ele passou dos limites; Confira!
Um aperto no peito, suor frio, coração acelerado, ira no olhar. Um sentimento conhecido por todos, que move montanhas, destrói famílias e está nas mais famosas histórias da humanidade: o ciúmes. Para alguns, ele é saudável, para outros, pode causar diversos problemas. Afinal, é possível controlá-lo?

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Para a psicóloga e coach de Cuiabá, Cristiane Bianchi, 36, a resposta é sim, e o caminho para isso está no autoconhecimento. Apesar de a causa deste sentimento ser distinta para cada pessoa, explica a psicóloga, “normalmente é a baixa autoestima. É uma dependência muito grande do outro, achar que a felicidade depende do outro, a insegurança mesmo, de que qualquer outra pessoa seria melhor do que ela”.

Na maioria dos casos – se não em todos – a origem do sentimento está, na realidade, dentro da própria pessoa que o sente, e não no suposto causador. Para Cristiane, é fácil identificar a linha que separa o ciúmes saudável do ciúmes doentio. “O ciúme é um cuidado. Naturalmente todos nós temos, com as nossas coisas, as pessoas que convivem com a gente, a gente tem ciúmes, zelo”, explica. “Mas quando esse zelo se torna dependência mesmo, quando você começar a falar frases, ou ver pessoas falando frases como: ‘sem ele eu não vivo’, ‘sem ele eu não sou ninguém...’; ‘se eu perder essa pessoa, eu não vou conseguir mais nada na vida’... Isso já começa a caracterizar posse, já começa a olhar pro outro como um bem material mesmo, que não pode ser dividido, que eu tenho que único e exclusivo”.

Identificado o problema, é preciso encontrar uma forma de acabar com ele. De maneira imediata, existem algumas técnicas para acalmar os ânimos nos momentos de desespero. Segundo Cristiane, o primeiro passo é racionalizar a situação e fazer algumas perguntas para si mesmo:

- De onde veio a crise?
- De onde eu a originei?
- Quais são os meus medos?
- Quais são os meus traumas?
- O que exatamente eu tenho quando eu penso que vou perder outra pessoa?
- Qual é o sentimento que isso caracteriza?

Cristiane cita também a técnica de um professor americano, chamado Chris Argyris, criador da teoria da ‘Escada das Inferências’. Nela, ele afirma que existe uma escada de conclusões, e que, na maioria das vezes, as pessoas pulam direto para a interpretação, e não focam a atenção ao fato em si.

“A gente tem na psicologia e no processo de coach também, a terapia racional. O que é isso? A racionalização das coisas. É modificar o pensamento. Transferir aquele pensamento de estória. Porque quando a gente está no auge dos ciúmes, a gente começa a se contar várias estórias, ou seja, várias mentiras”, explica. “Exemplo: você está tentando falar com sua namorada. Liga, o celular chama, chama, chama e ninguém atende. Pronto, já começa um estopim de ciúmes, de pensamentos. O nosso corpo começa a responder pra isso”.

O ideal neste momento, segundo Cristiane, e Chris Argys, é parar e pensar: qual é o dado realmente que eu estou observando? “A pessoa não atendeu o telefone. Além disso eu não sei! Então eu preciso pensar. (...) Eu me tranquilizo, paro e penso, que pode ter acontecido um acidente, pode ter acabado a bateria do celular, o celular pode estar escondido em algum lugar, dentro de uma gaveta e ela não ouviu, pode estar no silencioso... A partir do momento em que eu começo a racionalizar o meu comportamento, eu começo a me acalmar”.

Este autocontrole, no entanto, não acontece da noite para o dia. Para isso, o ideal é sempre procurar ajuda profissional. “Todo e qualquer ser humano precisa fazer terapia. Se entender, compreender de onde veio, como foi formado. Quer ver um exemplo? Às vezes uma criança quando vai dormir está bem, quentinha, aconchegante, e de repente no meio da madrugada ela acorda. Ela não está vendo a mãe, não está vendo ninguém, está no ar condicionado, com frio, e já faz uma conotação: Fui abandonada! E esse simples pensar de um bebê pode ficar atrás da gente a vida inteira. Então, se eu tenho essa sensação de abandono, essa sensação de o outro não gostar de mim, qualquer pessoa que se aproximar de mim eu vou querer que seja exclusiva. Qualquer criatura que apareça vai ser ameaça”, finaliza.

Cristiane é formada em psicologia pela Universidade de Cuiabá (Unic), tem pós-graduação em gestão de pessoas também pela Unic, pós-graduação em dinâmica de grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupos (SBDG), coach e mestrado em ciências odontológicas integradas.
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