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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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'cunhataí'

Romance que tem Guerra do Paraguai em MT será lançado na Bienal do Livro no RJ

Foto: Reprodução

Romance que tem Guerra do Paraguai em MT será lançado na Bienal do Livro no RJ
Comparado ao “E o vento levou” sobre o pós-guerra da Sesseção americana, o livro da romancista cuiabana Maria Filomena Bouissou Lepecki, “Cunhataí", tem a Guerra do Paraguai em Mato Grosso como cenário para um triangulo amoroso permeado por dramas, fome e lutas. A obra será lançada na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro (RJ), neste domingo (9). 

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O livro foi lançado em terras cuiabanas em 5 de setembro, com uma noite de lançamento na Casa de BemBem, no Centro Histórico de Cuiabá. Como parte das pesquisas para escrever o romance de cunho histórico, em 1999, a autora integrou uma expedição militar que refez, a pé, 224 quilômetros percorridos pelas tropas brasileiras, desde a fazenda da Laguna, no Paraguai, até Nioaque (MS) – a Retirada da Laguna, colhendo os frutos desta emocionante história. “Senti a imensidão dos espaços, escutei os passos, a dificuldade do terreno.”

Augusto Novis, tataravô da autora, ascendente de todos os Novis, era médico e lutou na Guerra do Paraguai, na retomada de Corumbá. Junto comJoaquim Murtinho, ajudou a produzir a vacina contra a varíola, enfermidade que causou grande mortandade em Cuiabá em 1867.

Maria Filomena é descendente dos acadêmicos Amarílio Novis, José Jaime de Vasconcellos e João Novis Gomes Monteiro. Sua mãe, Tereza Luíza V. Bouissou, trabalhou com Maria Lygia de Borges Garcia para a fundação das Casas do Artesão em Mato Grosso e participou na concepção e organização das pesquisas para o “Inventário de cultura popular mato-grossense”, em 1978 – possivelmente o primeiro do gênero realizado sobre a cultura popular nesta região.

A narrativa

Um espião sedutor, um bravo capitão e uma sinhazinha aventureira.

Pode uma história de amor alterar os rumos de uma guerra?

Numa narrativa ágil, onde o passado interage com o presente e a ficção penetra nas brechas da História, o leitor é transportado ao Brasil imperial invadido pelos paraguaios e à expedição militar que irá libertar Mato Grosso.

Dos bailes de Campinas ao sertão bruto, p’ra lá das solidões, havia uma distância imensa, uma estrada repleta de buracos e curvas, que Micaela jamais poderia imaginar.

Ao retratar o amadurecimento da personagem sob os ecos da guerra mais sangrenta das Américas, o livro beira o universal, já que cunhataís são todas as mulheres, ou foram, ou serão, antes de terem muitos de seus sonhos desfeitos.

Sobre a autora

Maria Filomena Bouissou Lepecki nasceu em Cuiabá (MT), em março de 1961. Médica oftalmologista, trabalhou 15 anos na área de saúde, até que, por motivos familiares, passou a viver em países da Ásia e da África, onde fez trabalhos voluntários, para depois decidir-se por sua paixão: a Literatura.

Seu primeiro livro Cunhataí: Um romance da Guerra do Paraguai (ed. Talento), recebeu o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Literatura 2002; Prêmio Orígenes Lessa (O melhor para o jovem) pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e Prêmio Escritora Revelação 2003 (FNLIJ).

É autora também do romance Uma ponte para Istambul (2021), best seller na Amazon, em janeiro de 2022, em duas categorias, e publicado na França pela Publishroom em dezembro de 2022. Publicou a coletânea de artigos Literatura em Lugares Exóticos, na Amazon (2023) e participou da coletânea Contos de Inverno (ed. Lura), lançado na Bienal de São Paulo de 2022.
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