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Sábado, 04 de maio de 2024

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Dia Nacional do Livro remete à criação da literatura brasileira em 1808

Foto: O Globo

Feira Literária Internacional de Paraty (Flip)

Feira Literária Internacional de Paraty (Flip)

Apenas em 1808, que os prelos para a prensa tipográfica chegaram ao Brasil. Após 400 anos do invento de Guttenberg, o país recebe a primeira máquina para impressão, que veio junto com a Coroa Portuguesa. É assim que se inicia a história da literatura e do jornalismo brasileiros. Antes, o conhecimento era escuridão. Mas, a luz chegou com a produção literária e jornalística autoral, mesmo com os percalços devido à censura imposta pela Coroa. E para comemorar o nascimento da literatura, esta terça-feira (29) é o Dia Nacional do Livro.

No início da produção autoral do Brasil, todos se arriscavam a escrever, fossem médicos, políticos, advogados, que tentavam iluminar o caminho do país, que lutava para deixar de ser a colônia de Portugal. Os prelos da prensa tipográfica apenas vieram ao Brasil, pois, a Coroa debandou do seu país devido ao temor de uma invasão napoleônica. E, a Coroa precisava da impressão oficial, e assim, nasceu a literatura brasileira.

A difusão do conhecimento e da literatura vieram através dos jornais da época, que tratavam de todos os assuntos, e os discursos inflamados demonstravam a paixão daqueles que tentavam nas letras buscar um caminho melhor para o Brasil.

Mas, todo conteúdo publicado passava pela censura da Coroa Portuguesa, que tentou suprimir diversos periódicos à fim de deixar o povo às escuras, como forma de controle, para evitar que os colonos tentassem a independência.

Por volta de 1830, a literatura invade os jornais. É claro que os artigos críticos ainda permaneciam como forma de dialogar com a Coroa, e principalmente, para alertar o povo. Mas, em 1830 começa a febre do folhetim francês que aporta no Brasil para depois se metamorfosear naquilo que conhecemos como a crônica, gênero genuinamente brasileiro.

Os jornais disseminavam o imaginário, a literatura, os contos e causos. E foi assim, que muitos escritores brasileiros conseguiram manter o seu sustento, através dos jornais, e produziram peças sensíveis que marcaram a mudança nos tempos, entre eles, o eterno Machado de Assis e José de Alencar. Ambos começaram como cronistas nos jornais.

Neste Dia Nacional do Livro, também se comemora a criação da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro em 1810.

Então, comemoremos o dia 29 de outubro, para agradecer nossos grandes escritores, que serão eternos em suas letras. Um salve para Gregório de Matos, Machado de Assis, José Alencar, Euclides da Cunha, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Érico Veríssimo, Jorge Amado, e sem esquecer dos conterrâneos, Manoel de Barros e Ricardo Guilherme Dicke, nossos gigantes da literatura brasileira.
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