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Sábado, 27 de abril de 2024

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Casa Barão de Melgaço ganha identificação e levanta questão do turismo histórico; Entenda

Foto: Reprodução

Casa Barão de Melgaço ganha identificação e levanta questão do turismo histórico; Entenda
A partir do dia primeiro de fevereiro, o casarão Barão de Melgaço, sede da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) e do Instituto Histórico Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), ganha identificação adequada.

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Uma placa, ainda em fase de produção, uma parceria entre a Front Light e ZF Comunicação, será afixada na parte de fora do casarão para informar cuiabanos e turistas um pouco da história do edifício histórico, bem como os atuais responsáveis pela gestão da academia.

O texto foi composto com base em pesquisa nas revistas e documentos sobre a origem, construção e fundação da AML e IHGMT. Com um design que relembra cartas e comunicados antigos, com papel meio amarelado, a placa irá dizer:

“Este casarão foi construído entre 1775 e 1777, na antiga Rua Linda do Campo ou Rua Nova, atual Avenida Barão de Melgaço. Anos após a construção, a casa serviu de residência a Augusto Manuel Leverger, titulado por D. Pedro II como o primeiro e único Barão de Melgaço. Augusto João Manuel Leverger, nascido na França, em 1802, e falecido em Cuiabá, em 1880, foi cônsul-geral do Brasil, governou a província de Mato Grosso por diversas vezes (cuja sede ficava neste casarão) e escrever registros históricos e geográficos regionais. Como disse o historiador e acadêmico Virgílio Correa Filho, o Barão foi um ‘bretão cuiabanizado”. Desde 1932 o casarão abriga a Academia Mato-Grossense de Letras (fundada em 1921) e o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (fundado em 1919)”.

De acordo com o presidente da AML, Eduardo Mahon, a iniciativa tem por objetivo servir como um exemplo para Cuiabá. “É uma cidade que está para completar 300 anos e diz que tem vocação turística”, explicou. Segundo ele, a identificação de ruas e casarões é essencial para o turismo. E esta da academia é também uma forma de mostrar que a iniciativa privada pode estar envolvida em projetos de interesse público.

“E o prefeito deve fazer um programa para fazer o mesmo em outros locais. Esperamos o convite para contribuir, já que esse tipo de identificação urbana é comum na Europa. Vamos ver se os governantes despertam para esta questão”, disse Mahon.


(Eduardo Mahon, presidente da Academia Mato-Grossense de Letras)

Sobre o turismo histórico de Cuiabá, Mahon critíca a falta de atrativos para que a população e turistas aprendam com os monumentos e casarões. “O prefeito nos prometeu, por exemplo, bustos em bronze para que possamos receber estudantes e a sociedade, a fim de que haja aulas na varanda da AML. Vamos ver se, nesse ano, cumpre-se a promessa e damos mais um exemplo de vanguarda nos marcos históricos de Cuiabá”.

Mahon também já alerta a sociedade para uma exposição de fôlego sobre personalidades históricas da AML. Por enquanto, sobre o evento, há um vídeo atiçando a curiosidade e o fato de que será feita no Shopping Goiabeiras, com início no dia cinco de fevereiro. “Não diz a música que o artista deve ir aonde o povo está? Pois bem, a Academia vai sair do casarão para exibir os quase 100 anos de História em meio à agitação popular. Só esperar pra conferir!”, brincou Mahon.


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