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Sábado, 27 de abril de 2024

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O destino de três cadeiras da Academia Mato-grossense de Letras será decidido em eleição neste sábado

Foto: Reprodução

Sala da AML

Sala da AML

A Academia Mato-grossense de Letras (AML) começou o ano com uma programação agitada. Além da exposição “Academia Mato-grossense de Letras: um patrimônio de todos”, que será aberta ao público na quarta-feira (05), neste sábado (01) acontece a eleição para que as cadeiras de número 7, 10 e 27 sejam possivelmente ocupadas por novos membros.

Leia mais: Academia Mato-grossense de Letras inicia ano com exposição que rememora trajeto desde 1921

O início do ano acadêmico será comemorado às 8h com um café da manhã para as famílias de membros da AML. Depois disto, às 9h, a cerimônia de votação terá início. Atualmente, a AML tem trinta acadêmicos vivos. São um total de 40 cadeiras, sendo que dez se encontram vazias. A votação deste sábado irá determinar se três delas serão ocupadas ou não.


(fachada da Casa Barão de Melgaço, sede da AML)

A votação é uma cerimônia formal. Nas palavras do presidente da AML, Eduardo Mahon, “é um dia para ser lembrado”. Os 30 acadêmicos, na hora da votação, trancam as portas da Casa Barão de Melgaço, sede da AML. Os votos são secretos e um candidato só ocupará a cadeira se obtiver a maioria dos votos, que, no caso, são no mínimo 16 (levando em consideração os 30 membros da AML que irão participar da eleição).

A cerimônia é uma tradição de mais de 90 anos. Seu idealizador, Francisco de Aquino Correia, mais conhecido como Dom Aquino, foi o primeiro mato-grossense a pertencer a Academia Brasileira de Letras. Foi também um dos principais incentivadores à fundação da AML e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT). Como era arcebispo, além de poeta e escritor, imagina-se que tenha se inspirado no conclave para criar a eleição da AML.

“É algo muito bonito de se ver”, disse Mahon. De acordo com ele, quando alguém é selecionado pelos votos a ocupar uma das cadeiras, esta pessoa é informada de uma maneira tradicional e bela. O destino de cada cadeira é informado a cada votação. Caso uma delas – ou todas – permaneça vazia, os votos são queimados no pátio da AML.


(Quintal da Casa Barão de Melgaço)

Candidatos

A cadeira 7, previamente ocupada por Maria de Arruda Muller, tem como candidato o médico e poeta Ivens Cuiabano Scaff. Ives já publicou oito livros, sendo que seis deles são infanto-juvenis. Um de seus livros mais comentados é “Kyvaverá”, dedicado “a todas as pessoas a quem a simples menção do nome Cuiabá evoca vibrações felizes em seus corações”.

Previamente ocupada por Corsindo Monteiro da Silva, a cadeira 10 tem como candidato Aguinaldo da Silva, pós-doutor em literatura, ex-reitor a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e autor de mais de 10 livros.

Já a cadeira que era ocupada por Ubaldo Monteiro, a de número 27, tem dois candidatos. Um deles é o escritor, publicitário, servidor público e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, João Carlos Vincente Ferreira. João é autor de mais de vinte livros e idealizador do projeto “Memória viva”, cujo objetivo era a recuperação, registro e divulgação da memória histórica dos municípios de Mato Grosso. O programa foi ao ar na TV Brasil Oeste de 1991 à 2004.

O outro candidato da cadeira 27 é Antônio Vital, mestre em geografia, servidor público e autor de livros memorialistas, especialmente no que fiz sobre as memórias históricas e lendas de Mato Grosso.

Nota: Para saber mais sobre os candidatos e pessoas citadas no texto, clique nos nomes destacados em verde. Alguns nomes não estão em negrito, pois não foram encontradas informações em outros sítios online.
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