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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Um patrimônio de todos

Diálogo com a nova geração: Abertura da exposição da AML conquista público mais jovem; Veja fotos

Foto: Stéfanie Medeiros

Diálogo com a nova geração: Abertura da exposição da AML conquista público mais jovem; Veja fotos
Andando pela Praça Central do Shopping Goiabeiras, Blenda Costa Marques Biancardini carregava nos braços a coleção “Obras Raras da literatura mato-grossense”. Com apenas onze anos, Blenda já sabia o que queria ser: escritora. De fato, apesar da pouca idade, já se arriscava na poesia com versos próprios. E na exposição “Academia Mato-Grossense de Letras: Um patrimônio de todos” viu a oportunidade de conhecer aqueles que já tinham feito o que ela queria.

“É também uma forma de incentivar a leitura”, disse Blenda, agora com um pouco do melhor da literatura regional em sua casa. A jovem aspirante a poeta e escritora é um exemplo de que a exposição da AML, já na abertura, na quarta-feira (05) à noite, cumpriu seu objetivo: dialogar com as novas gerações.,


(Blenda Costa Marques Biancardini e sua recém-adquirida coleção de "Obras Raras da literatura mato-grossense)

O presidente da AML, Eduardo Mahon, entre uma entrevista e outra, reparou que muito do público que circulava entre os painéis faziam parte da “cuiabania”. Muitos já em figuras antigas do cenário cultural cuiabano, alguns eram de famílias de acadêmicos e outros da nova geração de artistas. Mas segundo ele, a maior conquista da exposição era ver pessoas com menos de 25 anos de idade, livros em mãos e olhos atentos para o conteúdo que estava exposto.

“Não tem jovem aqui que não vai ser alguma coisa, seja escritor, poeta, jornalista, o que for. Eles vão pegar o material e ler. Esses jovens são os que realmente vão render para Mato Grosso”, disse Eduardo Mahon, orgulhoso de a juventude estar demonstrando interesse em suas raízes culturais.


(O presidente da AML, Eduardo Mahon, e a acadêmica Yasmin Nadaf)


A exposição excedeu as expectativas da imaginação do público. Muitos pensavam que a exposição seria somente os painéis ou imagens-documentos, como a curadora da exposição, Marília Figueiredo, os chama. Mas na verdade, a Praça Central do shopping ganhou um pouquinho do ar austero da AML: Uma das mesas da Casa Barão de Melgaço também fazia parte do cenário. Em cima dela, diversos exemplares da coleção “Obras raras”, bem como volumes da de D. Francisco de Aquino Correia. Iluminando todo este cenário, um lustre descia do teto e completava a cena, quase que saída de um filme.

Mas, além disto, do outro lado da Praça Central, estava a Cia. Sinfônica tocando diversas músicas, tanto do Jazz nacional, quanto do internacional. Todos de terno preto e chapéus, era realmente um encontro de gerações, um lugar onde o austero encontrava a leveza, onde o contemporâneo namorava o tradicional.


(Cia. Sinfônica)


Dentre os visitantes, estavam o juiz de direito Gonçalo Antunes de Barros Melo e sua família. Segundo ele, a exposição é uma brilhante iniciativa da AML. “A cultura tem que se doar, estar nos braços do povo, pois é seu maior patrimônio”, disse.


(O juiz de direito Gonçalo Antunes de Barros Melo e sua família)

Laila Nadaf, mãe da acadêmica Yasmin Nadaf, também confessou estar orgulhosa de ver a AML voltando para o “povo”. “Está tudo lindo, de muito bom gosto”. Quando uma das integrantes do cerimonial entregou o adesivo comemorativo da exposição para Leila, ela respondeu “Mas eu não sou da academia, minha filha que é”, no que a moça retrucou: “Esta noite todos somos”.

Para visitar a exposição e fazer parte desta tradição, basta visitar o Shopping Goiabeiras a qualquer hora do dia (horário de funcionamento do Shopping). Os painéis devem ficar na Praça Central até dia 15 de fevereiro.



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