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Sábado, 27 de abril de 2024

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dois saraus por mês

Centenário de Rubens de Mendonça é em 2015, mas comemorações já começam neste ano

Foto: Reprodução

Centenário de Rubens de Mendonça é em 2015, mas comemorações já começam neste ano
O centenário do historiador e poeta mato-grossense Rubens de Mendonça será comemorado no dia 26 de julho de 2015, mas nesta mesma data porém neste ano, já começam a ser realizados eventos que irão demarcar sua memória. Para iniciar as comemorações, a sua filha Adélia Badre Mendonça de Deus planeja a realização de dois saraus por mês, a partir de 26 de julho de 2014, para que a vida do pai seja retratada em canções, mensagens, poemas, causos e acasos. A ideia de se realizar um sarau é abrir o espaço para que a população de Cuiabá possa conhecer mais da história do homem que nomeia uma das principais avenidas da cidade.

Leia também: Duas vias que se demarcam pela vida: Estevão e Rubens de Mendonça desbravadores da história de Mato Grosso

“Sempre briguei para que a cultura seja dividida. Não se pode fazer entre quatro paredes. A cultura é um ambiente com pessoas iluminadas então é preciso abrir. Não se pode cobrar que as pessoas saibam se elas não têm como conhecer”, explicou Adélia.

Como uma militante da memória do pai e do avô Estevão de Mendonça, Adélia também milita pela cultura. É uma guerra árdua em que o combate é travado todos os dias. O projeto de Adélia é realizar os dois saraus a cada mês, que serão realizados na Casa Barão de Melgaço na Academia Mato-grossense de Letras (AML).

Em comemoração na rede social Facebook, Adélia agradece ao apoio da AML sob a figura do presidente Eduardo Mahon, além da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) que comanda a digitalização das obras de Rubens de Mendonça. A AML dispôs a Comissão para o projeto do Centenário, os historiadores Elizabeth Madureira, João Carlos Vicente Ferreira, Marília Beatriz Figueiredo Leite e Benedito Pedro Dorileo.

Afinal, pai e avô são imortais da Academia. Com isso, nos saraus que devem anteceder o centenário de Rubens de Mendonça, a ideia é que cada um tenha uma faceta diferente do historiador e poeta.



“Pretendo fazer dois saraus por mês, e cada um deve trazer uma faceta de papai, por exemplo, como Rubens era pessoa do povo. Então, quem conhecer alguma história sobre ele, vai poder compartilhar”, adiantou.

Nesta batalha pela memória viva do pai, Adélia ressalta que sempre abriu mão do direito autoral, para que a obra de
Rubens de Mendonça pudesse ter a maior inserção possível. “Afinal, ele e meu avô sempre abriram mão de tudo isso, quem sou eu para querer algo para mim? A minha única ambição é manter viva a memória, pois, já se passaram mais de 50 anos e eu sou a única família deles”, contou.

Outro projeto que pretende realizar até o Centenário do pai é a publicação de duas obras inéditas “Antologia Poética de Rubens de Mendonça” e “Encontros e Encantos”.

Rubens (1915-1983) era historiador, jornalista, escritor e poeta. Mas, seguiu os passos do pai que também era historiador, mas foi além e fez poesia com a história e através da história.

No jornalismo, Rubens era combativo. Adélia conta que para o pai ‘jornalismo se fazia nem que fosse na marra’ . Foi através da revista “Pindorama” fundada em 1939, que Rubens buscava divulgar o que acontecia em Mato Grosso para todo o país. Foi um dos fundadores do Movimento Graça Aranha. E fundou, dirigiu e atuou em vários jornais do Estado. Ao fim da vida, já havia lançado mais de 38 obras.
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