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Domingo, 28 de abril de 2024

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Documentário questiona a cultura de cesarianas no Brasil e reflete a violência obstétrica

Foto: Reprodução/ Ilustração

Documentário questiona a cultura de cesarianas no Brasil e reflete a violência obstétrica
A universidade, no geral, tem a tradição de complementar o que o circuito comercial não traz, principalmente na área da pesquisa e das artes. Com isto em mente, o documentário “O renascimento do parto”, depois de sua estreia em 50 cidades brasileiras, chega em solo cuiabano.

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A exibição será neste sábado (22), às 18h, no Auditório do Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A sessão tem o objetivo facilitar o acesso da população cuiabana à obra por meio de um evento inteiramente gratuito, já que na cidade de Cuiabá o filme não entrou em cartaz.

A iniciativa é da fotógrafa e mãe, Bruna Obadowski, e da médica obstetra Caroline Paccola. A sessão também conta com o apoio da UFMT e do Cineclube Coxiponés.
 
O documentário, dirigido por Eduardo Chauvet e Erica de Paula, retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias.

Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados “hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto.
 
Para médica obstetra Caroline Paccola, o filme “serve para mostrar à população brasileira o quanto o pensamento sobre o parto no Brasil tem sido equivocado. Mostra que esse equívoco tem por base o capitalismo e a preocupação com a rentabilidade das empresas/operadoras de saúde e dos hospitais brasileiros, além da busca por comodidade de alguns médicos/obstetras”.
 
Caroline frisa ainda, que, por mais que o parto normal seja a melhor via de nascimento tanto para a mãe quanto para o bebê, é preciso ser feito com segurança e capacidade técnica adequada, principalmente quando se trata de parto domiciliar. Antes, é preciso priorizar a saúde da parturiente e do recém-nascido.
 
Após a exibição, haverá um bate-papo entre os participantes. A programação ainda conta com a exibição do documentário cuiabano "Meu parto, Meu Renascimento", dirigido por Aliana Camargo, e finaliza com um show de Myra Lee apresentando repertório especial para o evento.

Entenda a “violência obstétrica”

Muito se fala da noção errônea que muitos médicos transmitem sobre o parto, fazendo com que as mulheres sintam-se inseguras, nervosas e até mesmo violentadas. Em uma série de retratos, a fotógrafa Carla Raiter e a produtora cultural Caroline Ferreira pedem às mulheres para contar como foi o caso do que chamam de “Violência obstétrica”. Veja o resultado na galeria abaixo.

Visite o site do projeto clicando AQUI.

 
Serviço
 
Sessão GRATUITA do filme “O Renascimento do Parto”
Data: Sábado (22)
Horário:18h
Onde: Auditório do Centro Cultural na UFMT
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