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Domingo, 28 de abril de 2024

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Cartilha sobre a saúde sexual atrás das grades é lançada nesta quarta-feira

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Cartilha sobre a saúde sexual atrás das grades é lançada nesta quarta-feira
Será lançada nesta quarta-feira (23) a cartilha “Saúde Sexual atrás das grades”, projeto do curso de enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Sinop, sobre a saúde sexual de mulheres privadas de liberdade. O trabalho foi feito em parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Gerência de Saúde.

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O lançamento acontece às 14h no Centro de Eventos Dante de Oliveira, em Sinop. Segundo a diretora da unidade penitenciária de Sinop, Noemi Guedes, foram feitas entrevistas com as recuperandas, além de assistência de enfermagem desde a coleta de dados até a avaliação, com todo o trabalho focado na saúde sexual das detentas.

De acordo com a Assessoria da Sejudh, as recuperandas tiveram consultas clínico-ginecológicas, com avaliação e acompanhamento sistemático, destacando a promoção do planejamento familiar, a detecção precoce e controle de doenças sexualmente transmissíveis, bem como de câncer de mama e câncer do colo de útero.

A coordenadora do projeto de Extensão, a enfermeira Maria das Graças de Mendonça Silva Calicchio, afirmou que este tipo de prática é muito importante, pois conversando com estas mulheres, assuntos relacionados à saúde delas, avanços são alcançados.

“Peguemos como exemplo o câncer de mama. É a doença de maior incidência entre as mulheres, sendo responsável por um número acentuado de mortes entre elas. Em contrapartida, a literatura revela que, muitas vezes, as mulheres reclusas não atingem o patamar de uma consulta médica para verificação da necessidade do exame de mamografia, que possibilitaria a detecção precoce das lesões iniciais dessa patologia”, explicou a coordenadora.

Já o gerente de Saúde do Sistema Penitenciário, Hozano Delgado, afirma que outro trabalho fundamental realizado pelas equipes de saúde são as orientações individuais: “Quando conversamos com estas mulheres enviamos uma equipe para atendê-las, elas se sentem cuidadas, inseridas no contexto. Contudo precisamos de ações sólidas, objetivas, que sejam realizadas de forma individualizada ou em pequenos grupos”.
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