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Domingo, 12 de maio de 2024

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carecas de peito

Amigas de infância se reencontram ao descobrir câncer de mama e criam página de motivação

Foto: Reprodução / Instagram

Cláudia e Patrícia, as 'Carecas de Peito'

Cláudia e Patrícia, as 'Carecas de Peito'

Patricia Lara Pinto Toledo de Mendonça é o que se pode chamar de mulher inabalável. Aos 44 anos, enfrentando seu segundo câncer, a mato-grossense decidiu compartilhar sua experiência e sua força e, junto à sua amiga de infância Claudia Signorelli, criou a conta no Instagram ‘Carecas de Peito’, hoje com quase dois mil seguidores.


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Os pais de Patrícia e Claudia eram amigos, e as duas conviviam muito desde os cinco até os treze anos de idade. Depois disso, elas acabaram se separando, e se reencontraram mais de vinte anos depois. “A gente se encontrou na academia, e as duas com o mesmo problema. Aí decidimos criar esse Instagram ‘Carecas do Peito’, porque na realidade nós duas, depois de tanto tempo, tivemos a mesma doença, o mesmo diagnóstico, no mesmo período, e tivemos que enfrentar as quimioterapias juntas, ficar careca juntas”, contou Patrícia.

A força da amiga, que passava pela mesma situação pela segunda vez, ajudou Cláudia, e juntas elas enxergaram a possibilidade de ajudar também outras pessoas. “Eu não tive problema nenhum em ficar careca (...) enfrentar a doença também foi de boa. Não me abalou, não fiquei triste, continuei a vida normal, fazendo academia e trabalhando”, conta Patrícia. “A Claudia ficou muito abalada, muito triste quando perdeu os cabelos, andava de lenço, andava de chapéu, ela não aceitava muito bem. E aí eu comecei a conviver mais com ela e ela mudou, começou a sair sem touca, sem chapéu, sem lenço, e ela diz que foi por conta de mim, que eu dei muita força pra ela”, afirma.

Na conta do Instagram, as amigas postam fotos na academia, frases motivacionais, quadros sobre os direitos dos pacientes com câncer, e dicas no geral. Patrícia conta que seu objetivo é levar conhecimento às pacientes. “Eu andei por vários hospitais em São Paulo, clínicas, pra ver onde eu faria o tratamento, e as mulheres estavam arrasadas de estar careca, todas de lenço, e eu achei que valia a pena (...) Eu sempre tento passar pras pessoas que o câncer não é um bicho de sete cabeças. Não é porque você recebeu um diagnóstico de câncer que você já vai morrer”, complementa.



Patrícia ainda lembra da importância do diagnóstico precoce e da tranqüilidade em aceitar a doença. “Encarar a doença dessa forma é muito mais fácil, você não fica debilitada emocionalmente, é outra coisa. As duas vezes que eu tive o tumor eu encarei dessa forma e foi muito fácil de eu superar, eu superei e estou ótima”, confirma.

As duas amigas passaram por cirurgias e retiraram os nódulos. Patrícia retirou as duas mamas inteiras, e não precisou fazer radioterapia. “Tirei todo o tecido mamário, fiz mamastectomia total bilateral, nas duas mamas. Só deixei a pele e o mamilo, e fiz a reconstituição na hora”, conta. Já Cláudia, retirou somente o quadrante e passou pelo outro tratamento.
As duas, agora, devem esperar um período de cinco anos até poderem dizer que estão totalmente curadas. Durante este tempo, continuam sendo medicadas para que a doença não apareça novamente.

Quem quiser acompanhar o Instagram das amigas deve acessar AQUI.
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