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Sábado, 07 de dezembro de 2024

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nos próximos cinco anos

Pesca esportiva movimenta R$ 500 milhões em MT e expectativa é de que chegue a R$ 2 bilhões anuais

Foto: Reprodução

Pesca esportiva movimenta R$ 500 milhões em MT e expectativa é de que chegue a R$ 2 bilhões anuais
Famosa pelas praias de água doce e temporada de praia em julho, São Félix do Araguaia está entre as cidades mato-grossenses que registram crescimento da pesca esportiva. De acordo com informações divulgadas pelo Governo de Mato Grosso, o setor movimenta R$ 500 milhões no estado e a expectativa é de, nos próximos cinco anos, o total chegue a R$ 2 milhões. 


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"Estamos fortalecendo o turismo através da pesca esportiva. Antes eram mais as temporadas de praia, mas que não eram tão rentáveis quanto a pesca esportiva, que tem deixado muito mais valor econômico agregado”, avaliou a prefeita de São Félix do Araguaia, Janailza Taveira.

Segundo ela, pescadores tradicionais e ribeirinhos começaram a atuar como guias de pesca, por conta da aprovação da Lei do Transporte Zero, que proíbe a pesca predatória em Mato Grosso. Agora, eles levam pescadores esportivos para o Rio Araguaia. 

“Eles são os verdadeiros preservadores da natureza e dos peixes. A Lei do Transporte Zero trouxe esse incentivo ao turismo de pesca, melhorou a economia do município com a valorização dessa modalidade turística e sustentável. Nosso município hoje já vivencia uma nova realidade quando tem a pesca esportiva e não mais a pesca predatória”, afirmou. 

O vice-prefeito de Itaúba, Douglas Aziliero, também é um entusiasta do turismo de pesca e os impactos econômicos na cidade. A atividade que movimenta cerca de R$ 8 bilhões no país tem mudado o cenário em Itaúba, cujas principais atividades econômicas são o setor madeireiro, pecuária e a agricultura.

“Itaúba mudou o cenário de turismo na nossa região, justamente por causa da pesca esportiva. Ela começou tem uns três anos e somente no último ano, a gente movimentou mais de R$ 5 milhões com a pesca esportiva. O segmento tem mudado a realidade de Itaúba, atraindo novos investidores não somente na pesca esportiva, mas também em outros setores porque estão vendo que a cidade vai se desenvolver através do turismo”, disse Douglas, que também é proprietário da Pousada e Rancho Vem Ser Feliz, às margens do Rio Teles Pires.

Defensor da Lei do Transporte Zero, ele afirma que os peixes vivos nos rios são mais economicamente importantes ao turista, aos pescadores extrativistas que podem se tornar guias de pesca e para geração de riqueza aos municípios.

“O peixe estava acabando nos nossos rios, e o governador acertou na maneira de fazer a lei. Precisamos defender porque daqui a cinco anos vamos colher o resultado de parar de matar os peixes. Com uma população maior, vamos conseguir atrair mais turistas não só do Brasil, mas do mundo todo”.

Transporte Zero

Por meio da Lei 12.197/2023, conhecida como Transporte Zero, o Governo do Estado visa combater a pesca predatória nos rios. Estão vedados o transporte, armazenamento e a comercialização das espécies Cachara, Caparari, Dourado, Jaú, Matrinchã, Pintado/Surubin, Piraíba, Piraputanga, Pirara, Pirarucu, Trairão e Tucunaré pelo período de cinco anos. 

A atividade pesqueira continuará permitida aos povos indígenas, originários e quilombolas, que a utilizarem para subsistência e, também para comercialização e o transporte de iscas vivas.

Além dessas atividades, o novo projeto, ainda libera a modalidade “pesque e solte” e a pesca profissional artesanal, desde que atendam às condições específicas previstas na lei, com exceção do período de defeso, que é a piracema.

Durante três anos, o Estado pagará indenização de um salário mínimo por mês para pescadores profissionais e artesanais inscritos no Registro Estadual de Pescadores Profissionais (Repesca) e no Registro Geral de Pesca (RGP) que comprovem residência fixa em Mato Grosso e que a pesca artesanal era sua profissão exclusiva e principal meio de subsistência. (Com informações da assessoria)
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