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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Após intercâmbio no Canadá e nos EUA, cuiabana é aprovada em seis universidades americanas

Foto: Arquivo Pessoal

Após intercâmbio no Canadá e nos EUA, cuiabana é aprovada em seis universidades americanas
Ao sair de casa, em Cuiabá, há dois anos, Rayanna Ruani tinha só uma certeza: a de sua alma livre. Quando viajou para a Inglaterra, com apenas 14 anos, voltou querendo fazer intercâmbio de qualquer maneira. A postergação de sua mãe não adiantou e, antes do segundo ano do ensino médio decidiu mudar-se para o Canadá, literalmente, de um dia para o outro. Hoje, dois anos após a decisão, ela já está de mudança para a terceira cidade – depois de ser aprovada em seis das dez universidades que tentou entrar.

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“Um dia eu e minha mãe estávamos passando em frente à Best Intercâmbios e paramos apenas para ver o preço. Eu queria ir para a Inglaterra, mas no dia o Gavur me explicou que eles tinham um sistema diferente e era mais caro”, conta a estudante. “Aí ele perguntou o que eu achava do Canadá, e me disse que eu tinha que dar a resposta até o dia seguinte”. Ao saírem dali, Rayanna, sua mãe e seu pai conversaram e decidiram que ela entraria nesta jornada.

A vida no Canadá foi fácil no início: “Nos primeiros meses tem muita coisa pra ver, conhecer... Então não dá tempo de sentir saudades. Mas com o passar do tempo vai ficando mais difícil”, explica Rayanna, que fala que o natal é uma das datas em que mais sentiu falta de casa. “Apesar de gostar muito da minha Homestay, nesses dias era difícil”, afirma.

No Canadá, Rayanna morou durante um ano na cidade de Coquitlam (25 km de Vancouver). Em sua escola havia mais dez brasileiros, o que dificultou um pouco nas amizades: “Quando você junta um grupo grande de brasileiros falando português, é difícil algum canadense chegar para conversar”, conta. Apesar das dificuldades, o povo canadense foi o que mais a encantou: “São pessoas muito educadas, que sempre falam por favor, obrigada”.

O segundo intercâmbio

Depois de um ano, Rayanna voltou para o Brasil apenas para visitar. “Eu queria conhecer novos lugares, e decidi ir para os Estados Unidos para fazer o terceiro ano e depois faculdade. Achei que fosse ficar no Brasil só uns dois meses, mas acabei ficando três meses e meio porque foi difícil achar Homestay”, comenta a intercambista. Depois de tanto tempo em casa, ir embora novamente foi complicado. Depois que foi, no entanto, ela voltou a ter a ótima sensação de chegar em um lugar novo.

Já na cidade de Williamston, Michigan, a realidade foi bem diferente do Canadá. Com apenas 3832 habitantes, poucos são os estudantes internacionais: “Na minha escola sou eu e mais duas. Uma tailandesa que é minha host-sister [mora na mesma casa], e uma alemã que é muito minha amiga”, conta.

Após um ano de estudos e de procurar inúmeras faculdades para inscrever-se, a cuiabana recebeu a alegre notícia de que, dentre as dez universidades que tinha aplicado, seis a escolheram. “Aqui nos Estados Unidos o processo é diferente do Brasil. Eles avaliam suas notas durante a escola, você faz um teste estilo Enem, mas bem mais fácil, e também pode fazer redação falando sobre você. Também contam os esportes e voluntariado que o estudante fez durante a escola”, explica.

Rayanna foi aprovada em Comércio Exterior na Grand Valley University, Central Michigan University, Ohio University, Utah State University, Arizona State University e na Temple University. Esta última, sua escolhida, fica na Filadélfia e era a que ela mais queria entrar: “Quando eu estava procurando as universidades, me apaixonei pela Temple. Não sei nem dizer porquê”, afirma a estudante.



Suas aulas como universitária começam no dia 30 de agosto, e até lá ela ainda vai viajar com os pais pelos Estados Unidos e voltar ao Brasil para refazer visto e passaporte e rever os amigos. Sobre seu futuro depois da Universidade, ela ainda não tem certeza: “Não acho que eu vou ficar aqui para sempre porque ainda quero ir para muitos lugares. Escolhi o Comércio Exterior por ser uma profissão em que eu vou poder viajar e conhecer o mundo”, comenta.

Já sobre a experiência como intercambista, ela afirma sem pestanejar: “Eu indico para todos. Fazer intercâmbio faz você crescer como pessoa. Eu era tímida, quieta, não tinha confiança... Aí você chega a um lugar onde não conhece ninguém e tem que se virar, ir ao mercado... É uma experiência que faz crescer muito”.
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