É possível que sejamos idosos sem sermos “velhos”? A resposta é clara e objetiva: sim! Ser idoso ou velho, cabe a cada pessoa escolher. As marcas que o tempo deixa são inevitáveis para qualquer ser humano. Envelhecer para muitas pessoas é sinônimo de doenças e solidão, mas não precisa ser assim, ponderam especialistas da área de saúde.
Neste cenário, a geriatria surge como a especialidade médica que pode ajudar o paciente a dar mais vida aos seus dias, explica Mariana de Carvalho da Silva, médica geriatra e cooperada da Unimed Cuiabá. “Essa é uma especialidade médica que tem como objetivo atuar na promoção de saúde, na prevenção, no tratamento das doenças, na reabilitação funcional e cuidados paliativos relacionados ao envelhecimento”. Pra quem se prepara cedo, envelhecer pode ser produtivo e saudável. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se o aumento da população de pessoas com mais de 60 anos. A previsão é que em 2020 o número de pessoas com mais de 60 anos seja maior que o de crianças de até cinco anos.
Apesar de ser conhecida como a medicina do idoso, a geriatria não é apenas indicada para esse fim, destaca doutora Mariana. “A geriatria não é indicada somente para “velhinhos”. Podemos procurar um geriatra desde jovens, visto que toda população precisa ter um clínico geral e o geriatra também faz parte deste grupo, sendo um especialista focado nas doenças mais prevalentes com o envelhecer (que começa a partir dos 30 anos, quando o corpo atinge o seu ápice de rendimento) e sua prevenção”.
Segundo Mariana, o geriatra é o médico que utiliza uma abordagem diferente das outras especialidades por ser ampla e não focada em um ponto específico. “O geriatra durante a sua consulta, avalia como um todo o paciente para então criar estratégias de prevenção, tratamento e reabilitação a fim de permitir que o idoso viva com o máximo de qualidade de vida possível e independência funcional. Durante a consulta, avaliamos o estado de saúde física, mental, emocional, revisamos os medicamentos utilizados assim como seus efeitos adversos. Por isso é uma consulta mais demorada, utilizamos testes e escalas. O geriatra frequentemente atua em conjunto com uma equipe multidisciplinar (fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, nutrição, terapia ocupacional, dentre outras) sem a qual muitas orientações e avanços não seriam possíveis”, explica a médica.
O idoso deve procurar um geriatra o mais precocemente possível para iniciar um acompanhamento que durará por longos anos. “Para ir a um geriatra não precisa sentir alguma coisa, pelo contrário, o geriatra ajudará você estar sempre bem evitando descompensações. Com o envelhecimento, nossas reservas vão diminuindo e ficar doente pode representar muitas perdas e sequelas. É isso, que procuramos evitar. Vale lembrar que no Brasil, todas as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos são consideradas idosas”, pontua Mariana.
A terceira idade pode trazer muitas realizações e precisa ser vivida com saúde, por isso começar cedo a prevenção é fundamental e isso baseia-se em cinco pilares, conforme explica a geriatra. “Dieta saudável, prática de atividade física regular, uma vida social ativa, bom controle da saúde emocional, controle adequado das doenças. Resumindo, hábitos de vida saudável”.
Prevenção em saúde – A Unimed Cuiabá, cooperativa que completa em 2015 quatro décadas de atuação, zela pela saúde de seus 227 mil clientes e defende práticas de prevenção às doenças que resultam em mais qualidade de vida.
