Todos os dias, milhares de crianças passam fome por não ter acesso ao leite materno. Seja porque a mãe não produziu, a criança foi abandonada, ou qualquer outro motivo, a realidade é que só a doação de leite pode salvá-las nestes casos. Nesta quinta-feira (1) é comemorado o Dia Nacional de Doação de Leite Materno, para chamar a atenção das pessoas para o ato de doar.
Leia mais:
Rondonópolis inicia campanha para aumentar cadastro de doadores de medula óssea
Outubro Rosa traz programação nas unidades de saúde e busca conscientizar sobre o câncer
A prática pode salvar diversas vidas, mas ainda tem poucas adeptas no Brasil, apesar do país possuir a rede de banco de leite mais complexa do mundo, com 202 bancos e 98 postos de coleta reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Hoje apenas de 55 a 60% da demanda nacional é coletada, e em Mato Grosso, em 2014, foram 1798 mulheres que doaram 1,4 mil litros de leite materno. Neste ano, 1,1 mil bebês foram beneficiados.
Para doar
As lactantes podem doar a partir do parto, enquanto produzir leite. Só é necessário estar saudável e não tomar medicamento que interfira na amamentação e doação, além de apresentar os exames do início da gravidez como sífilis, HIV, toxoplasmose e rubéola.
O frasco para armazenamento do leite deve ser de vidro, de boca larga e com tampa de plástico (do tipo café solúvel), é preciso retirar o rótulo e o papel de dentro da tampa. A coleta pode ser feita tanto manualmente ou com uma bomba (ambas devem ser esterilizadas) - e realizada várias vezes ao dia.
Um dos locais da capital que recebe doações é o Hospital Infantil e Maternidade Femina, associado ao Banco de Leite do Hospital Universitário Júlio Muller.
"A interessada pode vir até a Femina com os exames, preencher uma ficha cadastral e já pode fazer a primeira coleta aqui mesmo. Também repassamos orientações da maneira correta de fazer o procedimento em casa", explica a coordenadora de Nutrição da Femina, Nilvia Santos.
Após coletado, o leite materno doado é encaminhado ao Banco de Leite do Hospital Universitário Júlio Muller, onde é pasteurizado e redistribuído para atender as necessidades da UTI's neonatais.
